Já é dia 31, último do ano 2012. Acabei de jantar, nesta quase madrugada. Uma comida que eu mesmo fiz, amorosamente, logo após ter escrito um texto complexo para um dos meus projetos. E fico aqui pensando: nunca passei fome, em toda minha vida. Considero isto uma bênção. Tive a sorte de poder, junto com meu pai, aos 16 anos, abrir um restaurante que ainda hoje existe, e onde eu comia picanhas e filés no almoço e no jantar. Porém, comunista que sou desde que nasci, preocupo-me com os famintos. Pois a fome é sempre dolorida. Nesse sentido, quero aqui elogiar o Governo Alkmin — de quem sou adversário político — no que se refere ao Restaurante Bom Prato. É uma coisa altamente elogiável. E hoje, apesar das dezenas de convites que já recebi para a ceia do Réveillon, eu gostaria mesmo é de jantar num restaurante desses. Junto com o povo. Pagando R$ 1,00 pela refeição. E é o que vou fazer.
Porém, não foi possível. Descobri que os restaurantes Bom Prato, mantidos basicamente pelo Governo do Estado de SP, embora elogiáveis no propósito, só funcionam para o almoço. Acho (sem ironia neste meu julgamento) que o PSDB considera que os pobres não costumam jantar...
Porém, não foi possível. Descobri que os restaurantes Bom Prato, mantidos basicamente pelo Governo do Estado de SP, embora elogiáveis no propósito, só funcionam para o almoço. Acho (sem ironia neste meu julgamento) que o PSDB considera que os pobres não costumam jantar...