Erros de avaliação depõem exclusivamente contra quem os comete. Não adianta chamar de feio quem é belo, pois isto não o cobrirá de feiura. Não adianta chamar o gênio de burro, pois isto não o deixará idiota. Não adianta falsear um fato com argumentos improváveis, pois isto não muda a realidade nem um pouco. Julgamentos desprovidos de verdade não alteram a qualidade do objeto, mas demonstram a falta de inteligência do sujeito. E se essa manifestação irracional vier acompanhada de algum tipo de violência, inclusive verbal, a coisa fica pior ainda. Chamar alguém de filho da puta com sussurros não torna prostituta a mãe do ouvinte, mas demonstra uma certa finesse de quem xinga. Entretanto, gritar em altos brados a mesma imprecação só demonstra que o autor, além de não saber raciocinar, não controla sequer as próprias emoções. O infeliz talvez ache que a altura do que supõe ser a verdade é uma questão de decibéis... Fuja desse tipo de gente. Quem vive julgando o tempo todo a vida alheia — geralmente é um imbecil.