"Os momentos mais apropriados para tomarmos decisões importantes a respeito da nossa vida, do nosso amor, do nosso trabalho, da nossa família e do nosso futuro — são aqueles em que estamos com bastante raiva, com muito ódio no coração, e numa extrema situação de stress emocional".
Não creio que exista hoje, na face da Terra, um ser humano sequer (saudável) que concorde com a frase acima. Entretanto, é exatamente em situações similares (de raiva, stress ou ódio) que as pessoas comuns se acham mais capazes de emitir julgamentos, e decidir sobre a própria vida. E às vezes não apenas sobre a própria vida, mas também sobre a vida de terceiros. Tais pessoas desestabilizam-se emocionalmente — primeiro — para só depois tomar as decisões sobre o que fazer. São tão tortas que parecem supor que o desequilíbrio as endireita... Mal sabem elas que o equilíbrio emocional é a segunda coisa mais importante num processo de tomada de decisões. Eu disse "segunda coisa mais importante" porque a primeira, fundamental, é a capacidade de raciocinar com lógica, e querer (realmente) que as decisões sejam inteligentes e racionais — para que os resultados possam ser igualmente racionais e inteligentes. Aliás, a irracionalidade nunca vai gerar resultados racionais. Exceto por acaso.
Esse tema não vai caber aqui. Terei que expandi-lo de algum modo. Posso adiantar que, basicamente, todo grande mestre, quer seja ele zen ou não, prega o controle dos estados de espírito como a sua maior conquista como ser humano. Mas, entre as pessoas comuns, o desequilíbrio emocional parece ser algo tão corriqueiro quanto abominável. Explosões emocionais (contidas ou violentas, tanto faz) levam o corpo a uma desgastante produção de hormônios que suportem, fisiologicamente, manifestações de ódio, medo, vergonha, ciúme ou desespero, quase sempre causadas por julgamentos imperfeitos realizados por um cérebro não polido. Energias enormes são assim desperdiçadas ao longo da vida. Energias que poderiam ser canalizadas para outras operações, seguramente mais saudáveis.
Entretanto, outra coisa extremamente grave pode acontecer nesse processo. Depois de errar tanto e pedir tantas desculpas (ou suprimi-las gerando um acúmulo de culpas), o cérebro vai se sentir um completo incapaz. Um incompetente. E vai diminuir, biologicamente, sua capacidade operacional. Não vai conseguir gerir com máxima eficiência o próprio corpo a que pertence. As funções vitais ficarão comprometidas. A respiração, o metabolismo, o batimento cardíaco, a produção de endorfinas, o funcionamento glandular, etc. O corpo passa a adoecer com mais facilidade e com maior frequência. Porque não só as sinapses se desestabilizam, mas toda a estrutura biológica do infeliz que erra muito.
Essa minha tese ainda não está finalizada. Pretendo refiná-la nos próximos dias. Ainda não decidi se a levo mais para o lado da psicologia ou da neurolinguística. Veremos. Não tenho pressa.
Não creio que exista hoje, na face da Terra, um ser humano sequer (saudável) que concorde com a frase acima. Entretanto, é exatamente em situações similares (de raiva, stress ou ódio) que as pessoas comuns se acham mais capazes de emitir julgamentos, e decidir sobre a própria vida. E às vezes não apenas sobre a própria vida, mas também sobre a vida de terceiros. Tais pessoas desestabilizam-se emocionalmente — primeiro — para só depois tomar as decisões sobre o que fazer. São tão tortas que parecem supor que o desequilíbrio as endireita... Mal sabem elas que o equilíbrio emocional é a segunda coisa mais importante num processo de tomada de decisões. Eu disse "segunda coisa mais importante" porque a primeira, fundamental, é a capacidade de raciocinar com lógica, e querer (realmente) que as decisões sejam inteligentes e racionais — para que os resultados possam ser igualmente racionais e inteligentes. Aliás, a irracionalidade nunca vai gerar resultados racionais. Exceto por acaso.
Esse tema não vai caber aqui. Terei que expandi-lo de algum modo. Posso adiantar que, basicamente, todo grande mestre, quer seja ele zen ou não, prega o controle dos estados de espírito como a sua maior conquista como ser humano. Mas, entre as pessoas comuns, o desequilíbrio emocional parece ser algo tão corriqueiro quanto abominável. Explosões emocionais (contidas ou violentas, tanto faz) levam o corpo a uma desgastante produção de hormônios que suportem, fisiologicamente, manifestações de ódio, medo, vergonha, ciúme ou desespero, quase sempre causadas por julgamentos imperfeitos realizados por um cérebro não polido. Energias enormes são assim desperdiçadas ao longo da vida. Energias que poderiam ser canalizadas para outras operações, seguramente mais saudáveis.
Entretanto, outra coisa extremamente grave pode acontecer nesse processo. Depois de errar tanto e pedir tantas desculpas (ou suprimi-las gerando um acúmulo de culpas), o cérebro vai se sentir um completo incapaz. Um incompetente. E vai diminuir, biologicamente, sua capacidade operacional. Não vai conseguir gerir com máxima eficiência o próprio corpo a que pertence. As funções vitais ficarão comprometidas. A respiração, o metabolismo, o batimento cardíaco, a produção de endorfinas, o funcionamento glandular, etc. O corpo passa a adoecer com mais facilidade e com maior frequência. Porque não só as sinapses se desestabilizam, mas toda a estrutura biológica do infeliz que erra muito.
Essa minha tese ainda não está finalizada. Pretendo refiná-la nos próximos dias. Ainda não decidi se a levo mais para o lado da psicologia ou da neurolinguística. Veremos. Não tenho pressa.