19.4.12

pai

Hoje é aniversário de nascimento do meu pai. Ele teve mais filhos do que amantes — e isto é um mau sinal. E morreu muito jovem. Isto também é um mau sinal. Tínhamos nossas desavenças momentâneas, eu e ele, mas o contrato inicial nunca foi rompido. Especialmente a cláusula de ternura. Ele gostava de levantar paredes, rasgar o chão, e empilhar tijolos. Mas a pressa abriu valetas no seu peito. Nunca esquecerei que o decidido e glorioso pontapé inicial da minha história foi ele quem deu. Pena que morreu demais. Não precisava ter morrido tanto.

Escrevi mais alguma coisa para ele ali nas areias, mas pretendo deixar os originais para o livro Teoria do Acaso. Entretanto, se você quiser saber como era esse Mestre Zen com Vara de Marmelo, clique AQUI.