Se eu tiver que algum dia me desfazer de todos os meus bens, a Liberdade será o ultimo deles.
Mas o que são esses meus bens — você pode perguntar. Casa, carros, talheres e fogões? Claro que não! Os meus bens são todos intangíveis... Essas coisas que eu uso, materiais, ou já são do Banco do Brasil ou serão dos meus inexistentes herdeiros...
O verdadeiro desapego é aquele que temos pelas coisas externas e pelas internas. O verdadeiro desapego tem que acontecer, principalmente, por dentro da gente: vamos deixando de precisar daquilo que já estava no interior de nós mesmos. Porque desapegar-se só das coisas que estão fora (embora muita gente não consiga) é muito fácil.
Houve um tempo em que eu precisava de uma casa enorme para guardar tudo aquilo que imaginava indispensável. Depois, as coisas que eu supunha muito importantes para mim cabiam numa sala pequena. Mais tarde, essas coisas "extremamente importantes" passaram a caber num armário de tamanho médio no quarto do fundo. Bem depois, coloquei tudo aquilo que ainda considerava “muito importante” no porta-malas de um carro conversível — e saí pelo mundo. Andei, tomei sol e chuva, ar e vento, brisas e tormentas, amei com a liberdade mais absoluta — e fui me despojando ainda mais. Tanto, que agora, cheio de amor e dúvida, vejo que todas as coisas verdadeiramente importantes para mim, hoje, cabem dentro de uma calça jeans e de uma camiseta branca de algodão gostoso que estou usando aqui. Não preciso nem de sapatos!
Mas o que são esses meus bens — você pode perguntar. Casa, carros, talheres e fogões? Claro que não! Os meus bens são todos intangíveis... Essas coisas que eu uso, materiais, ou já são do Banco do Brasil ou serão dos meus inexistentes herdeiros...
O verdadeiro desapego é aquele que temos pelas coisas externas e pelas internas. O verdadeiro desapego tem que acontecer, principalmente, por dentro da gente: vamos deixando de precisar daquilo que já estava no interior de nós mesmos. Porque desapegar-se só das coisas que estão fora (embora muita gente não consiga) é muito fácil.
Houve um tempo em que eu precisava de uma casa enorme para guardar tudo aquilo que imaginava indispensável. Depois, as coisas que eu supunha muito importantes para mim cabiam numa sala pequena. Mais tarde, essas coisas "extremamente importantes" passaram a caber num armário de tamanho médio no quarto do fundo. Bem depois, coloquei tudo aquilo que ainda considerava “muito importante” no porta-malas de um carro conversível — e saí pelo mundo. Andei, tomei sol e chuva, ar e vento, brisas e tormentas, amei com a liberdade mais absoluta — e fui me despojando ainda mais. Tanto, que agora, cheio de amor e dúvida, vejo que todas as coisas verdadeiramente importantes para mim, hoje, cabem dentro de uma calça jeans e de uma camiseta branca de algodão gostoso que estou usando aqui. Não preciso nem de sapatos!