Agora eu caminho com estrelas a bombordo e com flores no infinito. Acabo me esquecendo de umas coisas, e me lembrando de outras — cheio de tantas, vazio de muitas. Navego respirando como se o mar revolto inflasse de ondas azuis meu espírito em repouso. Tudo agora é muito claro para mim, mas não esclarecido, pois o dia é mais do que uma eterna madrugada. Tudo aqui está nublado por uma doce névoa de gostosuras libertárias, incertezas tão profundas. Tudo quente — e tudo frio ao mesmo tempo. Deus me cutuca, e meu espírito se torna então atômico, inspirado, e dança no meu corpo bailarino. Meu parceiro luminoso, brilhante, colorido — me seduz como paixão e me conduz como destino. Ou me seduz como destino e me conduz como se acaso. Se vou para o Norte ou se vou para o Sul — nunca mais saberei. Porque não é preciso mais saber, nos dois sentidos de saber e de preciso. Nada agora é mais urgente do que o próprio agora. Pois rasguei os meus mapas, quebrei meu relógio e joguei minha bússola... Mas, apesar de tudo isso — ou devido mesmo a isso tudo — acabei de me encontrar. E abracei meu coração.
O texto acima já é resultado de um outro, publicado no meu livro Solidão a Mil, primeira edição. Gosto de reescrever alguns dos meus textos. Este, especialmente. Parece, do meu ponto de vista, que sempre posso torná-lo melhor. Tanto que acabei de reescrevê-lo, nesta madrugada de 07.06.2012. Está agora publicado aqui mesmo no blog Mude.
O texto acima já é resultado de um outro, publicado no meu livro Solidão a Mil, primeira edição. Gosto de reescrever alguns dos meus textos. Este, especialmente. Parece, do meu ponto de vista, que sempre posso torná-lo melhor. Tanto que acabei de reescrevê-lo, nesta madrugada de 07.06.2012. Está agora publicado aqui mesmo no blog Mude.