19.4.11

joyce ann

Pedi-lhe então que se deitasse no chão da sala onde havíamos dançado, apaguei as luzes, esqueci dos presentes e dos ausentes — e armei-me da inocência mais profunda que fui buscar dentro de mim. Levantei um pouco a blusinha azul que ela vestia, passei creme em sua barriguinha suspirante e mais ainda em minhas mãos. Deslizei meus dedos por toda aquela geografia escandalosa, inundei de branco e de pureza o seu umbigo... Depois, fiz mira no coraçãozinho dela, e atirei poesias a esmo, como se fosse um arqueiro zen enlouquecido de amor.