Como disse Zorba, o Buda, cada um procura (ou constrói) o seu próprio paraíso: alguns consideram paraíso um copo de pinga; outros, uma igreja evangélica ou uma carreira de sucesso; outros ainda, um saldo bancário ou relações fechadas de amor eterno. Mas eu, como poeta que sou, tenho assim meu paraíso: uma bela tarde ensolarada, uma brisa delicada me tocando as duas faces, gostosuras preenchendo meus olhares, tempo livre, e ao meu lado um amor apaixonado que eu agora esteja amando. E mais duas ou três mulheres-roses dispostas a beijar-me os pés. É assim meu paraíso: entre vinhos e mulheres, entre flores e estrelas, delícias, liberdades. E muita paz no coração.
Por falar em paraíso e mulheres-roses, Marina hoje beijou-me os pés. Beijos cândidos, lúbricos, a língua dançante, cobra vermelha entre os meus dedos loucos, explodindo-os de alegria na praia da Enseada. Agora sei o que sentia Jesus quando chegava a prometer até o céu às mulheres que Lhe beijavam os pés. Agora eu sei... E pergunto: por que demoraste tanto, Jesus, para mostrar-me agora essa mulher-Marina e seus lábios doces? Por que demoraste tanto, Jesus, a mostrar-me essa mulher-Menina?
Por falar em paraíso e mulheres-roses, Marina hoje beijou-me os pés. Beijos cândidos, lúbricos, a língua dançante, cobra vermelha entre os meus dedos loucos, explodindo-os de alegria na praia da Enseada. Agora sei o que sentia Jesus quando chegava a prometer até o céu às mulheres que Lhe beijavam os pés. Agora eu sei... E pergunto: por que demoraste tanto, Jesus, para mostrar-me agora essa mulher-Marina e seus lábios doces? Por que demoraste tanto, Jesus, a mostrar-me essa mulher-Menina?