12.3.11

toda noite

Toda noite, quando abro os olhos para dormir e ponho a consciência no travesseiro de flores e estrelas em que se converte a minha cama, vejo Deus acendendo seus belos refletores de vertigem sobre mim. Então surge como poesia no verso das pálpebras a última imagem do dia gostoso que acabei de viver. Acontece que para dormir tenho antes que acordar, em todos os sentidos, duplamente. E já não conto mais ovelhas — eu só conto amores.