Paulo Coelho publicou (mais uma vez) meu poema Mude.
Sem citar o autor — mas dizendo, hipocritamente, ter "esperanças de encontrá-lo."
Veja como Paulo Coelho adulterou criminosamente meu poema, sem minha autorização:
Alterou o título: de Mude para Mudança.
Suprimiu "o novo amor, a nova vida" — e acrescentou "a nova posição".
Logo após eu ter dito: "Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes", Paulo Coelho acrescentou uma frase meio bobinha: "Mesmo achando que a outra pessoa pode ficar assustada, sugira o que sempre sonhou fazer, na hora do sexo." Essa frase eu jamais colocaria nesse poema, pois, quando eu o escrevi, imaginei que seria lido também por crianças. Nesse caso, falar de sexo é uma estultice!
Quando eu disse: procure andar descalço alguns dias, ele acrescentou "— nem que seja em casa". (Eu jamais recomendaria isso!)
Quando, jogando com as palavras, escrevi "leia outros livros, viva outros romances", ele acrescentou uma besteira: "— nem que seja em sua imaginação". Aqui ele parece querer "guiar" o leitor, como se este fosse incapaz de fazer ilações...
Quando eu digo "Tire uma tarde inteira para (...) ouvir o canto dos passarinhos", ele acrescenta "ou o ruído dos carros". Eu jamais diria isso! Tirar uma tarde inteira para ouvir ruido dos carros?! Que horror!
Ele suprimiu estes versos:
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Suprimiu também estes:
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Suprimiu isto:
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Suprimiu também esta frase que é muito significativa para o tema do poema:
Lembre-se de que a vida é uma só.
Também retirou este verso, que eu, como autor, considero fundamental:
Veja o mundo de outras perspectivas.
Além disso, mudou alguns outros versos de lugar, mexeu em outras coisas, acrescentou palavras, suprimiu outras tantas. Intrometeu-se!
E ainda acrescentou "e você está vivo" no último verso.
Só me resta perguntar: — Com ordem de quem, Sr. Paulo Coelho?
Se, por acaso, não foi Paulo Coelho o autor de tais barbaridades, terá que provar que não. E apontar quem foi. Pois ele é o único que publica esta "versão" do poema Mude na internet e em suas colunas em jornais e revistas (no Brasil e no exterior) — além de já tê-la publicado em seu blog e no próprio site oficial, há anos!
Veja aqui o original do poema Mude, conforme publicado pela Pandabooks, e interpretado por Simone Spoladore no CD Filtro Solar, de Pedro Bial.
Alterou o título: de Mude para Mudança.
Suprimiu "o novo amor, a nova vida" — e acrescentou "a nova posição".
Logo após eu ter dito: "Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes", Paulo Coelho acrescentou uma frase meio bobinha: "Mesmo achando que a outra pessoa pode ficar assustada, sugira o que sempre sonhou fazer, na hora do sexo." Essa frase eu jamais colocaria nesse poema, pois, quando eu o escrevi, imaginei que seria lido também por crianças. Nesse caso, falar de sexo é uma estultice!
Quando eu disse: procure andar descalço alguns dias, ele acrescentou "— nem que seja em casa". (Eu jamais recomendaria isso!)
Quando, jogando com as palavras, escrevi "leia outros livros, viva outros romances", ele acrescentou uma besteira: "— nem que seja em sua imaginação". Aqui ele parece querer "guiar" o leitor, como se este fosse incapaz de fazer ilações...
Quando eu digo "Tire uma tarde inteira para (...) ouvir o canto dos passarinhos", ele acrescenta "ou o ruído dos carros". Eu jamais diria isso! Tirar uma tarde inteira para ouvir ruido dos carros?! Que horror!
Ele suprimiu estes versos:
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Suprimiu também estes:
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Suprimiu isto:
Jogue os velhos relógios,
quebre delicadamente
esses horrorosos despertadores.
Suprimiu também esta frase que é muito significativa para o tema do poema:
Lembre-se de que a vida é uma só.
Também retirou este verso, que eu, como autor, considero fundamental:
Veja o mundo de outras perspectivas.
Além disso, mudou alguns outros versos de lugar, mexeu em outras coisas, acrescentou palavras, suprimiu outras tantas. Intrometeu-se!
E ainda acrescentou "e você está vivo" no último verso.
Só me resta perguntar: — Com ordem de quem, Sr. Paulo Coelho?
Se, por acaso, não foi Paulo Coelho o autor de tais barbaridades, terá que provar que não. E apontar quem foi. Pois ele é o único que publica esta "versão" do poema Mude na internet e em suas colunas em jornais e revistas (no Brasil e no exterior) — além de já tê-la publicado em seu blog e no próprio site oficial, há anos!
Veja aqui o original do poema Mude, conforme publicado pela Pandabooks, e interpretado por Simone Spoladore no CD Filtro Solar, de Pedro Bial.