Submeto-me à arbitrariedade do meu bom senso — e escrevo. Não para que você concorde comigo, mas para transmitir emoções, e para que você pense um pouco sobre a vida que hoje leva. Para que você veja o mundo de outra forma. Escrevo para excitar teu intelecto e abrir teu coração de modo escandaloso. Nada mais. E se um dia teus neurônios e teu sangue me aplaudirem, dançarei no teu abismo. Nenhum escritor tem o poder de conduzir almas desgarradas. No máximo, o escritor indica um caminho que acaba nos levando ao paraíso da estética. Porém, o escritor só mostra o caminho: não conduz, jamais. Aliás, no fundo, nem mesmo mostra; apenas diz que existe um caminho — talvez...