Ainda vou tornar-me um morador de lua. Toda noite, poeticamente, sem pressa alguma, varrerei a poeira das estrelas com um cintilante buquê de rosas vermelhas e depois dormirei sonhando no meio-fio de uma navalha louca.
Abraçado a Baudelaire.
E coberto com um lençolzinho de cetim azul-celeste, é claro...
Eis o que nos diz ele:
“E se, algumas vezes, nos degraus de um palácio, na relva verde de um fosso, ou na solidão do teu quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, às ondas, à estrela, aos pássaros, ao relógio, pergunte a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira e rola, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte-lhes que horas são; e o vento, as ondas, a estrela, os pássaros, o relógio, hão de responder: É hora de embriagar-se!
Para não seres mais um escravo martirizado do Tempo, embriaga-te; embriaga-te sem tréguas. Com vinho, poesia, virtude, ou mulher — tanto faz!"
Charles Baudelaire.
Versão minha, especialmente o final.
Abraçado a Baudelaire.
E coberto com um lençolzinho de cetim azul-celeste, é claro...
Eis o que nos diz ele:
“E se, algumas vezes, nos degraus de um palácio, na relva verde de um fosso, ou na solidão do teu quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, às ondas, à estrela, aos pássaros, ao relógio, pergunte a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira e rola, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte-lhes que horas são; e o vento, as ondas, a estrela, os pássaros, o relógio, hão de responder: É hora de embriagar-se!
Para não seres mais um escravo martirizado do Tempo, embriaga-te; embriaga-te sem tréguas. Com vinho, poesia, virtude, ou mulher — tanto faz!"
Charles Baudelaire.
Versão minha, especialmente o final.