Se por acaso vivo um dia de rotina, espremo à noite esse meu cérebro como quem torce roupa, e não sai nada — nem uma palavra, nem uma gota, nem um pingo, nenhuma emoção. E meu corpo só consegue adormecer. Mas quando vivo um dia de aventuras, vivo também uma noite de amor. E meu cérebro, só, sem esforço, produz e me oferece um milhão de palavras, tempestade de desejos e de mel, um livro inteiro se quisesse. E meu corpo — um milhão de orgasmos de uma vez. Só emoções acumulam as energias de que meu corpo precisa, e minha alma merece.
Mas a rotina prazerosa deve ser preferida à rotina desgastante.
São diferentíssimas.
São diferentíssimas.