9.11.10

carlito maia

Carlito Maia mandava-me coisas, papéis, flores, mensagens, desenhos. Não só para mim: para um monte de gente. Um dia ele me entregou um papel e disse: "Edson, pregue lá naquele espelho grande da tua sala". O espelho já se quebrou, não moro mais naquela casa e nosso querídolo Carlito já se foi. Mas o papel eu guardo ainda hoje. Nele está escrita só uma palavra, enorme:
Resisto!

"O ideal é unicamente esse: ser livre, mas livre como o ar, livre como a luz e como o espírito que vai onde lhe apraz, onde aspira, onde sonha, onde quer! Eu não sei até onde a liberdade poderá levar-me, a que praias remotas, a que abismos... Não sei. Mas eu irei com ela seja para onde for". Carlito Maia.