27.10.10

Rose



Escolho-me
como se não fosse único,
e depois me cubro de amores
como se fosse
de Roses
– livres, deliciosas e floridas.

Por isso é que me amo todo, no ato.

E danço com minha própria Gostosura.

Sou eu mesmo o meu prato,
preferido, meu Amor.
Tenho fome de mim.
Sacia-me.





A bonequinha que ela me deu, o champagne que tomamos nas escadarias do MASP, e a foto de Rose. Guarujá, 2004. Eu dei agora um click na foto aí de cima, e depois mais um click sobre ela para ampliá-la. E fiquei aqui, me lembrando de como foi que conheci essa mulher menina chamada Rose. Foi de forma indireta. Eu vinha pela Av. Francisco Matarazzo, em SP, e já estava quase subindo pelo Elevado Costa e Silva, quando vi uma mulher muito bonita andando na calçada. Parei o carro, imediatamente, voltei de ré por alguns metros, desci, e saí a pé em busca dela. Conversamos. Ficamos amigos. Transamos acho que uma vez só, pois ela era ciumenta. Mas, alguns dias depois, jantando no Star City, essa menina me disse que tinha uma amiga linda, cujos seios eram perfeitos, etc. Pois bem, essa "amiga linda de seios perfeitos etc." era justamente a Rose — por quem, algum tempo depois, eu viria a me apaixonar por toda a minha vida. O nome da ciumenta eu não me lembro.