Sou um poeta Existencialista, e derivo de Heidegger pelas mãos de Sartre. Não creio em atalhos para o Infinito. Do meu ponto de vista, a existência precede a essência, sempre. Faço de Cioran meu travesseiro, e escolho-me como se fosse possível qualquer outra coisa. E não me digam que ser Existencialista é algo datado. Fosse assim, ser cristão também seria — ou ateu, judeu, budista... Bem como ser romântico, marxista, pós-moderno, liberal, surrealista. Até mesmo ser contemporâneo seria "ultrapassado". Em verdade, as visões do mundo em que os meus olhos cabem são só os instrumentos que uso para pensar a Vida — livremente. E vivê-la, também livremente. Porque o destino, no fundo, é só uma deliciosa sucessão de acasos.