17.1.10

amar é

Certa vez, ainda adolescente, quando eu estava começando a entender a vida, escrevi a minha definição de amor. Que era mais ou menos assim:

Amar é permitir sempre, amar é deixar que o outro vá — ou que fique, se assim o desejar. Amar é ter um respeito absoluto pela própria liberdade e pela liberdade do outro. Amar é compreender sempre. E isso não significa apenas entendimento racional, vai além, muito além: Amar é reconhecer, afetuosamente, o direito que o outro tem de fazer suas escolhas.

(Mesmo que essas escolhas eventualmente me excluam.)


E hoje, quando estou vivendo minha segunda adolescência, mantenho a mesma definição de amor. Inseparável da Liberdade. Amor aberto, ventilado e gostoso. Com nenhum sentimento de posse. Nenhuma exclusividade forçada.
É por isso que eu e a Vida nos entendemos tanto.
Até porque, se o Amor não for livre, será um amor preso...
Preso, encarcerado, engaiolado: um horror.
Parece amor, mas não é!
Portanto, se o teu não for livre, chame-o de qualquer outra coisa — menos de amor.