Meu destino parece um burro velho: dou-lhe uma espiga e ele a recusa: prefere capim. Às vezes empaca e eu tenho que arrastá-lo. Tiro-lhe o freio, arranco-lhe o tapa, beijo-lhe a crina. Mas nunca o chicoteio como fosse um Dostoievski. Apenas vou trocá-lo por outro cavalo, só que negro e disparado, galopante, embriagado.
Louco, entusiasmado.
E se você não entende, é melhor parar.
Ou arrastar o teu.
Louco, entusiasmado.
E se você não entende, é melhor parar.
Ou arrastar o teu.