4.11.09

rebelde

Sou rebelde.
Fui, sou — e sempre serei contra os conservadores.
Sou revolucionário em todos os sentidos.
Amo a vida, a liberdade, o amor.
Isso já vem de família.
Não é genético mas é hereditário.
Meu bisavô Luiz Marques já era um rebelde: trocou o futuro garantido e certo por um presente gostoso e mais incerto ainda. Um belo dia jogou fora o velho baú das verdades antigas, e tomou aquelas decisões que só os grandes homens conseguem tomar:

Montou o cavalo negro do risco absoluto e partiu!

Abandonou tudo para não ter que abandonar sua própria alma — sua própria existência — naqueles caminhos já percorridos. Ele também já sabia que o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida.

Não fosse por isso, eu certamente não estaria aqui, agora, todo coração, tomando essas duas taças de vinho vermelho e contando minhas histórias de amor pra você.

Sou portanto bisneto da rebeldia.

Bisneto da rebeldia, neto da emoção, filho da loucura, irmão do desejo, primo do prazer, amigo da liberdade — e amante de todos os meus amores.

E existo, por incrível que pareça:

No céu da minha boca não há fogos de artifício:
— Só estrelas.