Como escritor, tenho que primeiro ser odiado... Depois, posso até vir a ser amado — um dia, talvez, quem sabe. Mas agora, agora eu tenho que ser odiado por aquilo que digo. Pelas palavras doces que atiro no peito coração dos meus leitores, petardos de lógica a furar-lhes seus amados e obscuros preconceitos. Tenho mesmo é que ser odiado pelas verdades que lhes atiro nas fuças, como flechas de razão incandescente.
Não é que eu pretenda ser odiado, nem que eu queira ser odiado: Serei odiado mesmo sem buscar tal condição, mesmo sem querê-la. O que eu digo é por demais sério — e por demais profundo — para que me amem por dizê-lo.
Tenho que ser odiado por defender a idéia absurda de que a liberdade é possível.
Que me odeiem, então, meus amores.
Delicadamente — se possível.
Não é que eu pretenda ser odiado, nem que eu queira ser odiado: Serei odiado mesmo sem buscar tal condição, mesmo sem querê-la. O que eu digo é por demais sério — e por demais profundo — para que me amem por dizê-lo.
Tenho que ser odiado por defender a idéia absurda de que a liberdade é possível.
Que me odeiem, então, meus amores.
Delicadamente — se possível.