28.10.09

ilha deserta e grega

— Vogelfrei.

Esta, a primeira palavra que aprendi em alemão. E hoje, quando tento — naturalmente sem conseguir — ler Nietzsche no original, lembro do meu Mestre me dizendo: Also sprach Zarathustra. Por onde agora andará talvez meu querido, meu grande amigo Paritosh Zarathustra?

Às vezes, tenho muita vontade de reunir esses deliciosos loucos e loucas, esses santos e santas que eu amo, essas deusas e musas que já conheci e ainda conhecerei, convidá-los a subir num barco, um barco enorme — num navio, transatlântico — levá-los todos para uma ilha luminosa, deserta e grega, e viver com eles para o resto das nossas vidas. Em Liberdade absoluta. Falando em todas as línguas, amando de todas as formas, bebendo de todos os vinhos, rezando a todos os deuses. A vida seria uma festa. Viveríamos dançando todas as danças, ouvindo música, escrevendo poesias, plantando flores, tomando sol, rindo, sorrindo e gargalhando.

E transando com a própria Vida, todo dia, o dia todo..