Eis meu Projeto de Lei a ser apresentado agora pelo Senador Eduardo Suplicy, e que chamamos inicialmente
Projeto Cultural Revolucionário.
Minha idéia básica é que todo produto comercializado no Brasil deverá ter em sua embalagem espaço destinado a mensagens culturais. Uma bela frase, um conceito, o significado de um termo, fatos históricos, noções de medicina e saúde, reprodução de quadros famosos, a tabuada do sete, resumos de biografias, pedaços de romances, poesias, lógica, ética, sexo e filosofia.
Informações educativas em todos os produtos: de rótulos de cerveja a caixas de sabão em pó; de bulas de remédio a cartões de visita; de frascos de xampu a sacolas de mercado; de embalagens de sorvete a saquinhos de pipoca; de pacotes de café a bilhetes do metrô.
Cultura, cultura, cultura!
Inclusive nos comerciais de tv, rádio e jornal. Talvez até mesmo nas cédulas de real. Com isso, depois de alguns anos, suponho, o nível de cultura média do povo estará certamente mais alto. A esquerda talvez dirá que é um projeto fascista, a direita vai reagir babando de raiva, empresários vão reclamar, agências de publicidade serão contra — mas o resultado a médio e longo prazo será sociologicamente positivo e historicamente marcante.
No mundo não há nada parecido. O Brasil será um exemplo.