12.7.09

o fascinio da loucura

O fascínio da Loucura é contagiante.


Mas não qualquer loucura. Eu me refiro à loucura que está ali — aqui — a quase 360 graus da sanidade. Eu me refiro à fuga da escuridão chamada Norma. À quebra radical das correntes opressoras. Ao abandono puro e simples do rebanho. Eu me refiro à loucura luminosa dos criadores de mundos. À intensa loucura dos amantes da liberdade absoluta.

Quando eu digo que a Loucura está a quase 360º da sanidade, é isso mesmo: 360 graus. Uma está bem pertinho da outra. O que está bem longe da Loucura — e também da sanidade — é a normalidade.Talvez eu deva explicar que essa minha concepção de Loucura não nasceu ao acaso, nem é fruto de uma simples rebeldia adolescente. Ela se deve à deliciosa educação libertária que me deram minha Mãe e minha vó Vitalina, além de ser baseada na minha formação filosófica na USP — e na leitura muito séria e consistente de toda a obra de Ronald Laing. Portanto, eu sou apenas um poeta louco e não mereço nenhum respeito; mas o que eu digo, sim.