Por isso, Dorian, nunca deixarei de ser jovem: há minas no meu peito enluarado. Mesmo quando tiver mais idade, serei um véio de ouro, sorteiro, e as garimpeiras de amor sempre vão querer encontrar-me entre os cascalhos. Morarei no interior. Abandonarei a Stoli e os frutos do mar; trocarei o Baron D´Arignac por caipirinhas deliciosas. Mas, em nome de Vênus, o erótico Lúcifer continuará descobrindo, todo dia, as minhas doces, indispensáveis, e adolescentes Madrugadas.
Então, que Deus me perdoe, e que você me compreenda.
Porque o Lúcifer a que me refiro neste blog é aquele da primeira fase, quando ainda era um anjo — o belíssimo Anjo da Luz. O brilhante intelectual contestador. E Dorian é o irretocável Retrato de Oscar Wilde. E as Madrugadas, são estas que agora vivo — entre flores e estrelas.