15.11.08

jesus

Um milagre visto pelos olhos de um poeta marxista.

Maria de Nazaré, Imaculada e Santíssima, era filha de Ana e Joaquim. Aos doze anos ficou noiva de um vizinho chamado José, mas acabou engravidando antes de casar. Escândalo na família judia — um crime a ser punido com apedrejamento. Felizmente, foi salva por Gabriel à beira de um velho poço, e pela compreensão de José, que também acreditava em anjos. Além de Jesus, teve outros filhos — mas nenhum desses com o Espírito Santo: Tiago (que se transformaria num dos primeiros bispos cristãos, e depois executado pelo filho de Herodes em Jerusalém), José, Simão, Judas, Ana e Lídia. Os irmãos, quando crianças, não gostavam muito de Jesus — não é preciso nem dizer por quê.

Chamavam Ele de louco.

Aos seis anos, Jesus foi buscar água lá no riozinho e quebrou a moringa. Teve que trazer a água num saco de pano que fez com a camisa. Maria nem se espantou. Todavia, o primeiro milagre público foi feito a pedido da Mãe, numa festa, quando transformou água em vinho.

Quando José morreu, deixando Maria com um monte de crianças, Jesus, como primogênito, teria que assumir a marcenaria. Mas, entre ser negociante ou transformar-se em Deus, Ele não teve dúvidas. Saiu de casa e foi acabar de "matar" seus pais na estrada — e criar histórias para Tomé escrever um livro.

(E eu escrever um blog...)