8.9.08

amor e... terno

Este eu que ora sou,
aqui,
hoje,
num enorme,
num desesperado esforço de imaginação,
pode até jurar-te
amor eterno.

Mas,
como esperar,
como exigir
que o outro eu,
que amanhã certamente serei,
cumpra
eternamente
o que te promete
este eu
que agora sou?




Este poema é do meu livro Manual da Separação, página 56.