Todas as noites, quando fecho os olhos para dormir, Deus acende seus belos refletores de vertigem sobre mim, meu cérebro se acomoda no travesseirinho de flores, e vejo no verso das pálpebras a última imagem do glorioso dia de aventuras que acabei de viver.
Fico pensando e acabo sonhando.
Mas sonho tão alto que o próprio barulho me acorda.
Todo dia eu me desperto perguntando se há no mundo coisa mais importante do que ser feliz. Sei que não há. Vejo as estrelinhas coladas no teto do meu quarto e repito essa oração como fosse reza. Então me espreguiço gaiarsa, felino, gostoso, sorrindo. Mas só me levanto depois que gargalho. Enquanto não acho motivos para gargalhar — também não os encontro para levantar. Eu me acordo já fazendo ginástica com o cérebro, pois não quero teias de aranha nos meus neurônios. Sinapses, só as brilhantes me excitam, e eu as potencializo com lógica e amor. Acordo e me levanto, deslumbrado e respirando, cheio portanto de luz — iluminado de novo e de mim.
Meus dias começam assim.
Fico pensando e acabo sonhando.
Mas sonho tão alto que o próprio barulho me acorda.
Todo dia eu me desperto perguntando se há no mundo coisa mais importante do que ser feliz. Sei que não há. Vejo as estrelinhas coladas no teto do meu quarto e repito essa oração como fosse reza. Então me espreguiço gaiarsa, felino, gostoso, sorrindo. Mas só me levanto depois que gargalho. Enquanto não acho motivos para gargalhar — também não os encontro para levantar. Eu me acordo já fazendo ginástica com o cérebro, pois não quero teias de aranha nos meus neurônios. Sinapses, só as brilhantes me excitam, e eu as potencializo com lógica e amor. Acordo e me levanto, deslumbrado e respirando, cheio portanto de luz — iluminado de novo e de mim.
Meus dias começam assim.