Imagine se, em vez de escrever o Sermão da Montanha, Jesus tivesse apenas ido ao supermercado buscar fraldas descartáveis. Ou se ele precisasse ter ficado na cozinha trocando o bujão de gás e consertando a torneira da pia.
Imagine também o coitado chegando em casa à noite, exausto, depois de intensas reuniões com os apóstolos, e encontra Madalena de avental, fritando bife, com as mãos na cintura, meio descabelada, cheirando a cebola:
— Jê, onde você tava até agora?!
Imagine ainda Jesus na sala, mais tarde, compenetrado, conversando com o Pai por telefone, fazendo o relatório do dia, e a esposa gritando lá do quarto:
— Amor... o Júnior tá com febre...
E depois de um silêncio significativo, ela muda o tom:
— Dá pra você me levar no Pronto Socorro ou vai deixar essa criança morrer?!
Fico pensando:
O casamento tradicional não combina com certas coisas.
Imagine também o coitado chegando em casa à noite, exausto, depois de intensas reuniões com os apóstolos, e encontra Madalena de avental, fritando bife, com as mãos na cintura, meio descabelada, cheirando a cebola:
— Jê, onde você tava até agora?!
Imagine ainda Jesus na sala, mais tarde, compenetrado, conversando com o Pai por telefone, fazendo o relatório do dia, e a esposa gritando lá do quarto:
— Amor... o Júnior tá com febre...
E depois de um silêncio significativo, ela muda o tom:
— Dá pra você me levar no Pronto Socorro ou vai deixar essa criança morrer?!
Fico pensando:
O casamento tradicional não combina com certas coisas.
Se Jesus tivesse se casado
a Humanidade teria desperdiçado um Deus.
Leia uma nota explicativa no comentário das 08h26.