8.1.08

paritosh

Felicidade não tem história nem tem planejamento.

Paritosh é hoje o meu Louis Lambert. Meu confidente, meu amigo do peito, meu poeta preferido. E Joyce Ann, vocês sabem, é a menina dos meus olhos, meu grande amor, talvez o maior.

Anteontem, ancorados os três num delicioso boteco de praia, falávamos da vida. Depois de ficarmos um tempo enorme olhando o mar azul do Guarujá, e quando tudo de repente faz silêncio, Paritosh diz uma frase que eu já conhecia:
— Edson, hoje é o dia mais feliz da minha vida!
— Por quê? — jogo o gancho que me pede enquanto finjo perplexidade.
— Porque só hoje é hoje! Pensem bem: ontem não existe mais, e amanhã não existe ainda!

Faz sentido.

Em seguida ele levanta-se, tira a camisa, mostra o peito bronzeado ao sol que já se põe, abraça Joyce Ann por quase um século, e nos diz, pausadamente, sorrindo:
— Crianças, a felicidade é uma flor delicada que a gente pendura nos galhos do Agora. Ou nunca mais...

Também faz sentido, reconheço.

Então ele beija o meu amor na boca e saem andando de mãos dadas. Voluptuosamente.

E eu fico sozinho, pensando.