5.12.07

amar a liberdade

Há uma enorme contradição entre ter ciúmes e amar a liberdade. Portanto, eu tive que optar — com veemência — quando me apaixonei por Sandra, uma bela menina de treze anos que havia decidido ter dois namorados. Eu era o outro... E acabei concluindo que o que se passa entre dois seres humanos quaisquer, por mútuo consentimento e em nome do amor, não pode nem deve ser gerenciado por mim. Mesmo que eu ame profundamente um deles.


Eu tinha então só doze anos — mas essa conclusão me libertou para sempre.





No Amor, exclusividade é uma coisa que se oferece. Jamais deve ser exigida. Oferecê-la, espontaneamente, e por algum tempo — pode ser uma sublime demonstração de Amor. Mas, exigi-la eternamente — é de uma pequenez monumental de fazer dó. Uma ofensa à própria Liberdade.