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5.2.19

A lógica do amor

Às vezes me perguntam por que as minhas relações de amor sempre dão certo. É muito simples: eu jamais me relaciono com pessoas ciumentas. O ciúme é a primeira fonte da desgraça. E eu não apenas vivo as minhas relações de amor: eu também as analiso. Eu me questiono sobre elas, a partir de dentro delas mesmas — entusiasmado com suas tramas e coivaras, com seus mistérios e caminhos. Com seus múltiplos encantos e extremas gostosuras. Eu me entusiasmo até mesmo com suas maravilhosas redundâncias, com suas doces contradições, e com todas as possibilidades abertas dos vários fins que se aproximam. E eu vejo o fim da relação apenas como um prenúncio de novidades, não como sinal de catástrofe. Só o que está morto não muda.